Um casal, que vive numa zona rural, não consegue ter filhos. Uma noite, quando se preparavam para mais uma tentativa, cai-lhes um bebé literalmente do céu. Escondem o artefacto onde vinha e adoptam-no. Tudo corre normalmente até que chega a puberdade, esse período lixado. A criancinha começa a demonstrar possuir estranhos e maléficos poderes...Sabe Deus como são raros os bons filmes de terror! Ocasionalmente somos brindados com pérolas da produção independente norte-americana mas, na generalidade, o cinema de terror desde há muitos anos parece ser produzido apenas para encher chouriços ou simplesmente ter como aspiração estar uns pontos acima das produções da Asylum. As grandes produtoras, essas, não arriscam, optando pelo habitual e lucrativo terror pipoca, vocacionado para o público teenager.
É por tudo isto que Blackburn, que surge sob a chancela da Sony, parece um ovni no panorama da cinematografia do género. Filme com uma produção exemplar, com um casting soberbo, conta com vários momentos de antologia e uma história que, fazendo lembrar a Village of the Damned (1960 e 1995), consegue ter uma originalidade surpreendente, misturando sobrenatural e ficção cientifica, tornando este filme uma referência do cinema de terror da década e um dos filmes do ano!
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