Alien: Romulus

Um grupo de jovens com trabalhos chatos numa colónia espacial, num planeta remoto, e com o desejo de fugirem para uma espécie de planeta paradisíaco (onde é possível ver o pôr do sol) a nove anos de viagem, decide ir buscar combustível a uma gigantesca nave esquecida / abandonada / à deriva.  

A nave é afinal um gigantesco complexo de pesquisas científicas que tempos antes recolhera do espaço um alien (aquele que foi bordafora no primeiro filme). 

A saga sempre resistiu (estoicamente) à "juvenilização" das suas personagens, coisa que há muito tomou conta do cinema americano... Até este 9.º capítulo, que aponta diretamente ao público pipoca, revisitando ou recriando vários momentos icónicos dos filmes anteriores, numa espécie de “best of”.

Até do (muito injustamente) mal amado Alien IV, foi buscar a ideia de um final onde somos brindados com um inesperado ser hibrido, meio humano, meio alien, e que, diga-se de passagem, é ainda mais questionável que o seu antecessor, ao nível do design... 

Este Romulus não introduz na saga nada de verdadeiramente novo, ao contrário dos anteriores Prometheus e Covenant, filmes muito mais conceptuais, que levantaram questões e tiveram o mérito de expandir o universo Alien, deixando inúmeras e até confusas pontas soltas, à espera de serem exploradas.

É contudo difícil não gostar deste filme. Estão lá a atenção aos pequenos detalhes, as bem balanceadas cenas de ação, de suspense e violência/terror que são também características dos cinemas de Ridley Scott e de Fede Alvarez. Com efeitos especiais e cenários deslumbrantes, não ficamos indiferentes ao espetáculo que esta superprodução proporciona.

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