Blade Runner 2049

Um androide (replicant) polícia de Los Angels no ano 2049 persegue outros replicants de modelos já descontinuados...

Há duas coisas essenciais que fazem com que este Blade Runner 2049 resulte num filme fabuloso que em certos momentos nos tranporta para experiências quase imerssivas. A primeira é o primeiro Blade Runner. A história deste segundo filme é indissociável e completamente dependente do primeiro. A segunda, é a expectativa com que se vê, depois de se ter visto a primeira obra prima. O filme aproveita muito bem estes dois "combustíveis". E à história e à expectativa, acrescenta-lhes outros: uma banda sonora eximia (que é uma re-invenção da banda sonor original de Vangelis), interpretações sólidas, uma realização segura, uma panóplia de novos elementos conceptuais e mulheres escultóricas.
Visto isoladamente, resulta num filme onde sobressai a melancolia inexplicável das longas cenas introspectivas e que em muitos momentos se converte em monotonia, algo que pode muito bem explicar o relativo fracasso de bilheteira. É que há muita gente vai ver este filme sem nunca ter visto (experimentado) o anterior.
É só em termos visuais que este filme supera mas respeita o primeiro e acaba por conseguir aquilo que à partida parecia ser impossível: consegue surpreender.

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