Joker

Um humorista falhado trabalha como palhaço na rua, a promover lojas. É possuidor duma doença mental que o faz começar a rir em situações de maior stress...

Se os filmes do universo Batman do Christopher Nolan tinham já penetrado nesse território negro e depressivo que existia no âmago das personagens, mostrando que havia muito mais para além das fatiotas exuberantes dos super-heróis, humanizando-os, este Joker vai ainda mais longe e mais fundo. E fá-lo duma maneira magneticamente intimista na forma como retrata a sociedade de Gotham (leia-se, sociedade atual), que afinal tão bem compreendemos porque todos temos, afinal, muito mais um joker dentro de nós, do que um Batman.
O filme é soberbo, completamente inesperado, se considerarmos o trajecto cinematográfico de Todd Philips, mas é com a interpretação de Joaquin Phoenix que alcança a magistralidade.
Não só pelo desvio que faz ao tradicional filme de super-heróis, sendo um filme completamente para adultos, mesmo e principalmente para aqueles que não gostam de filmes do género, mas também pelo sucesso que teve a nível mundial, pode ser um filme que mude o paradigma do cinema mainstream norte-americano...
Um sério e mais que óbvio candidato aos Óscares.