Hardware

No futuro, um recoletor encontra no deserto pedaços de um robot. Um outro recoletor vai ficar com eles e insatisfeito com o preço em que são avaliados pelo seu dealer, leva-os para casa da sua namorada.
Ali o robot vai ganhar "vida" e autoreconstroi-se, tranformando-se no bisavô do exterminado implacável. Uma (tosca) máquina assassina, ...

A ideia era poucochinha. Num filme "normal" seria apenas o ponto de partida. Neste Hardware, acaba também por ser o ponto de chegada. 99% da acção do filme decorre na casa da namorada do recoletor que mais parecia o "Alcântara Mar" depois de uma rave party de 24 horas nonstop.
Naturalmente que quando não há ideias nem dinheiro para filmar no exterior, há que encher chouriços recorrendo-se a muitos truques de montagem e tentativas de criar algum estilo e tensão onde não existem.
Um dos poucos motivos de interesse deste filme reside na concepção futuristica da paisagem urbano-industrial-marciana e dos decors rodeados de tecnologia opressiva. Há a este nível uma nítida contaminação do primeiro Blade Runner e a história deste Hardware podia muito bem ter decorrido uns anos antes dos andróides terem começado a contar ovelhinhas robots para adormecerem.
Destaque para a música dos Public Image.



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