Moonfall - Ameaça Lunar

A lua sai da sua órbita estacionária e começa a aproximar-se da Terra. Não se trata de um fenómeno natural mas antes causado de forma propositada por uma forma de inteligência artificial extraterrestre. 
Um ex-astronauta caído em desgraça, um maluquinhos das teorias da conspiração que passa a ser ex-maluquinho e uma ex-astronauta que se tornou entretanto manda chuva da NASA que tem o ex-marido no Pentágono, vão salvar o planeta, com a ajuda de uma ex-nave espacial que estava na sucata.

Com este filme Roland Emmerich passou definitivamente a ser um ex-mestre do cinema catástrofe. Não perde contudo o título de génio, não como criador ou inventor do género que teve o seu período áureo na década de 70 do século passado, mas como o homem que o revitalizou, por conta do recurso a doses generosas de efeitos especiais. Um génio, portanto, mas um génio oportunista. Emmerich está muito longe da genialidade. Este lamentável Moonfall, prova-o 

A vista privilegiada da cadeira do cinema para a monumentalidade dos cenários e das catástrofes sempre atraiu uma grande franja de público voyeur. À boleia das grandes cenas de destruição, somos servidos com pequenas histórias de pessoas mais ou menos comuns com indestrutíveis laços sentimentais entre si. São Davides que acabam sempre por derrotar os Golias.

Em nome de um final feliz, são demasiados os sacrifícios, os exageros e as inverossimilidades que se sucedem neste cinema Emmerichiano. Se fosse só isto, até se perdoava, porque é um tipo de cinema que apela apenas ao divertimento, à nossa saudável tentação pelo pecado intelectual. Mas os clichês são tantos, a montagem deste Moonfall está tão mal conseguida, a forma atabalhoada como se mete o Rossio na Betesga, que é impossível não dar por mal empregue o tempo e dinheiro gastos a ver a estopada.

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