Um dia um produtor de cinema lembrou-se de produzir um filme com o Anthony Hopkins no papel de Freud. O filme parece reduzir-se a este aparentemente simples e eficaz objetivo, apostando na experiência, popularidade e carisma do ator, mas nem isso consegue alcançar.
Vemos sempre muito mais Hopkins que Freud no ecran e conseguimos imaginar muito mais facilmente o Coronoel Sanders (KFC) com aquela personalidade truculenta, que o psicanalista.
Vamos ser sinceros, este filme não acerta uma. Se o objetivo era ir mais além, apresentar-nos reflexões interessantes sobre Deus e a sexualidade, fica completamente aquém. As breves observações dos dois personagens dificilmente conseguem escapar ao óbvio, aos lugares comuns.
A ação deambula entre as conversas supostamente profundas, temperadas ou interrompidas sempre com outras mais triviais (e desnecessárias) deixas, os flashbacks confusos, as imagens oníricas mal conseguidas e depois cenas com closeups que parecem desesperadamente querer fazer sair o filme da monotonia instalada e dar-lhe algum ecletismo.
Freud's Last Session é um filme completamente desnecessário e mesmo para quem o for ver sem grandes expetativas, será ainda assim difícil de sair da sala sem um sentimento de desilusão e sono.
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