Lifeforce | As Forças do Universo

As Forças do Universo Poster
Astronautas a bordo de um vai-e-vem espacial norte-americano descobrem uma nave extraterrestre dissimulada na cauda do cometa Haley. Vão investigar e, no seu interior, decorado com motivos orgânicos muito ao estilo de Giger, descobrem inúmeros monstros vampiros extraterrestres já mortos e três cápsulas contendo seres humanos, aparentemente. 
Já na Terra, os alienígenas, nas suas formas humanas, vão começar a causar estragos, especialmente a fêmea, estragos no coração apaixonado do único astronauta sobrevivente da missão de resgate original. Ela é a mulher perfeita...

Nos anos 80 grande parte da atenção dos jovens espectadores pelo cinema centrava-se nos efeitos especiais e nas mamas. Daí se explica o fascínio que este filme exerceu sobre este, então, jovem adolescente. Os efeitos especiais são realmente abundantes e surpreendentes, tendo captado grande parte do mega orçamento de um filme que seria um gigantesco flop de bilheteira, tendo seguramente sido mais um prego no caixão da Cannon Films, uma então profícua produtora de inúmeros filmes populares da década mas que começou a meter-se por sucessivos maus e muito pouco rentáveis caminhos... O filme custou 25 milhões e só rendeu 11!

Mathilda May nuaActualmente, quando revejo Lifeforce (35 anos depois), o mais surpreendente do filme são, definitivamente, os seios (perfeitos) de Mathilda May. Gostos não se discutem, mas Bigas Luna terá tido a mesma opinião, senão a actriz não seria protagonista, nove anos depois, do filme com o sugestivo e apropriado título A Teta e a Lua
Enquanto está num registo de filme de ficção cientifica, Lifeforce é, também, muito agradável à vista. O filme é visualmente intrigante e a história cativa, constituído uma interessante metáfora sobre o relacionamento entre o homem e a mulher. Mas depois entra em modo dramalhão e arrasta-se insuportavelmente, conduzido por meia dúzia de pouco fotogénicos actores canastrões que asfixiam completamente o ecrã, sempre a explicarem tudo bem explicado, como se fossemos muito burros.
O sotaque british não combina absolutamente nada com ficção científica! A todo o momento estamos à espera que entre o James Bond em cena e acabe com o imbróglio em cinco minutos.
A versão que agora vi, remasterizada (muito melhor qualidade que a versão DVD), longuíssima, com duas horas e meia de filme, é consideravelmente bem mais difícil de digerir que a versão com pouco mais de duas horas destinada ás salas de cinema, imposta (e bem) pelos produtores.
O filme merece 3 estrelas em cinco. Uma para cada mama da Mathilda e outra para os efeitos especiais.

Sem comentários:

Enviar um comentário